Toxicomanias

As reflexões e os debates em torno do uso e abuso de drogas traduzem as diversas formas que o humano utiliza para lidar com a dor da sua própria existência. Por vezes, a droga se inscreve na dimensão da pertença, do laço social, do encontro com o divino, da celebração da vida

; outras tantas, traduz a face do sofrimento, da dor, da dependência. É o que os gregos nos revelam com o termo phármakon, que significa, simultaneamente, veneno e remédio, poção mágica; aquilo que traz a cura e a morte, o bem e o mal.
Nesses encontros e desencontros com a droga, portanto, não há uma intenção definitiva, conclusiva; eles são apenas reveladores da nossa condição humana e, por isso, a análise dessa temática deve escapar de qualquer abordagem normatizadora.
Não há sociedades sem drogas. A distinção entre drogas lícitas e ilícitas coloca o indivíduo em uma linha muito tênue, na sua relação com a lei. Equivocadamente, o usuário é criminalizado, marginalizado. Definitivamente, é preciso dar um novo tratamento a esse equívoco.
Os textos apresentados neste livro, ainda que articulados, não seguem um desenvolvimento seqüencial, podendo ser lidos, separadamente. Trata-se da abordagem do mesmo tema por campos disciplinares diversos.
Dividido em dois blocos, o primeiro trata da elaboração teórica, no campo da pesquisa socioantropológica; o segundo traz textos que versam sobre a investigação psicanalítica, além da articulação dessa teoria com a prática institucional de atendimento a usuários de drogas.
Foi, ainda, acrescido um importante debate sobre a nova lei de drogas, vigente no Brasil.
Para finalizar, duas entrevistas, realizadas com Claude Olievenstein e Antônio Nery Filho que, respectivamente, em Paris e na Bahia, trouxeram uma significativa e inovadora contribuição para a abordagem do usuário de drogas. Ao retirá-lo das amarras do hospital psiquiátrico e da prisão, as abordagens propostas apontam para o questionamento radical a que a figura do toxicômano nos convoca, a nossa relação com o desejo e a morte, reveladora da nossa face mais humana.
Os leitores oriundos de diversas áreas do conhecimento, como a educação, a psicologia, a comunicação, a saúde, as ciências sociais, bem como as pessoas interessadas no tema, terão a possibilidade de percorrer textos que apontam questões, trazendo à tona impasses e perspectivas para a construção de múltiplas possibilidades de trabalho.

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Nesses encontros e desencontros com a droga, portanto, não há uma intenção definitiva, conclusiva; eles são apenas reveladores da nossa condição humana e, por isso, a análise dessa temática deve escapar de qualquer abordagem normatizadora.
Não há sociedades sem drogas. A distinção entre drogas lícitas e ilícitas coloca o indivíduo em uma linha muito tênue, na sua relação com a lei. Equivocadamente, o usuário é criminalizado, marginalizado. Definitivamente, é preciso dar um novo tratamento a esse equívoco.
Os textos apresentados neste livro, ainda que articulados, não seguem um desenvolvimento seqüencial, podendo ser lidos, separadamente. Trata-se da abordagem do mesmo tema por campos disciplinares diversos.
Dividido em dois blocos, o primeiro trata da elaboração teórica, no campo da pesquisa socioantropológica; o segundo traz textos que versam sobre a investigação psicanalítica, além da articulação dessa teoria com a prática institucional de atendimento a usuários de drogas.
Foi, ainda, acrescido um importante debate sobre a nova lei de drogas, vigente no Brasil.
Para finalizar, duas entrevistas, realizadas com Claude Olievenstein e Antônio Nery Filho que, respectivamente, em Paris e na Bahia, trouxeram uma significativa e inovadora contribuição para a abordagem do usuário de drogas. Ao retirá-lo das amarras do hospital psiquiátrico e da prisão, as abordagens propostas apontam para o questionamento radical a que a figura do toxicômano nos convoca, a nossa relação com o desejo e a morte, reveladora da nossa face mais humana.
Os leitores oriundos de diversas áreas do conhecimento, como a educação, a psicologia, a comunicação, a saúde, as ciências sociais, bem como as pessoas interessadas no tema, terão a possibilidade de percorrer textos que apontam questões, trazendo à tona impasses e perspectivas para a construção de múltiplas possibilidades de trabalho.

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