Gregório De Matos

A obra poética de Gregório de Matos (1636-1696) permaneceu praticamente inédita até o século XVIII, quando veio a público o códice manuscrito dos seus poemas, organizado pelo licenciado Manuel Pereira Rabelo.

E somente em 1850 ocorreu a primeira publicação em livro de seus poemas, no Tomo I do Florilégio da poesia brasileira, de Francisco Adolfo de Varnhagen. Pode-se dizer, portanto, que o estudo de Araripe Júnior é dos primeiros a dar conta da importância do poeta no quadro da literatura brasileira.
Publicado em 1894, esse ensaio crítico apareceu primeiro nas páginas do Jornal do Brasil, nos meses de fevereiro e março do ano anterior, e foi acrescido dos capítulos XI e seguintes para publicação em livro.
Tristão de Alencar Araripe Júnior nasceu em Fortaleza em 27 de junho de 1848 e morreu no Rio de Janeiro em 29 de outubro de 1911. Formou com Sílvio Romero (1851-1914) e José Veríssimo (1857-1916) a trindade dos críticos literários mais influentes do século XIX, embora não tivesse deixado, como os outros dois o fizeram, uma história da literatura brasileira. Exerceu a crítica literária nas páginas dos jornais e revistas da época, e este Gregório de Matos é bem representativo dos seus métodos de crítica literária.
Logo na apresentação, a que deu o título de “Prevenção”, declara ter adotado o mesmo método que seguia desde 1878, quando teve a atenção voltada para a filosofia e a crítica, e deixou de lado, embora a ele voltasse mais tarde, o romance. Nas palavras do próprio Araripe Júnior, nessa “Prevenção”, seus trabalhos de crítica literária passaram então a ser baseados “no evolucionismo spenceriano e adestrado nas aplicações de Taine”, reforçado com o “estudo comparado dos críticos vigentes”. Nada, portanto, que divergisse radicalmente das ideias vigentes no final do século XIX.
Contudo, Araripe Júnior não aplica mecanicamente nenhuma teoria determinista. Dá, sim, grande importância ao meio social no qual a obra de Gregório de Matos foi produzida, mas não esquece de singularizar o temperamento do poeta. Segundo Araripe Júnior, o espírito Gregório de Matos “devia ser atraído por todos os elementos que constituíram a vida íntima da colônia”, de modo que o contato com a terra natal, com as peculiaridades da vida na colônia, como, por exemplo, a acentuada mestiçagem, propiciou o florescimento de sua veia satírica.

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A obra poética de Gregório de Matos (1636-1696) permaneceu praticamente inédita até o século XVIII, quando veio a público o códice manuscrito dos seus poemas, organizado pelo licenciado Manuel Pereira Rabelo. E somente em 1850 ocorreu a primeira publicação em livro de seus poemas, no Tomo I do Florilégio da poesia brasileira, de Francisco Adolfo de Varnhagen. Pode-se dizer, portanto, que o estudo de Araripe Júnior é dos primeiros a dar conta da importância do poeta no quadro da literatura brasileira.
Publicado em 1894, esse ensaio crítico apareceu primeiro nas páginas do Jornal do Brasil, nos meses de fevereiro e março do ano anterior, e foi acrescido dos capítulos XI e seguintes para publicação em livro.
Tristão de Alencar Araripe Júnior nasceu em Fortaleza em 27 de junho de 1848 e morreu no Rio de Janeiro em 29 de outubro de 1911. Formou com Sílvio Romero (1851-1914) e José Veríssimo (1857-1916) a trindade dos críticos literários mais influentes do século XIX, embora não tivesse deixado, como os outros dois o fizeram, uma história da literatura brasileira. Exerceu a crítica literária nas páginas dos jornais e revistas da época, e este Gregório de Matos é bem representativo dos seus métodos de crítica literária.
Logo na apresentação, a que deu o título de “Prevenção”, declara ter adotado o mesmo método que seguia desde 1878, quando teve a atenção voltada para a filosofia e a crítica, e deixou de lado, embora a ele voltasse mais tarde, o romance. Nas palavras do próprio Araripe Júnior, nessa “Prevenção”, seus trabalhos de crítica literária passaram então a ser baseados “no evolucionismo spenceriano e adestrado nas aplicações de Taine”, reforçado com o “estudo comparado dos críticos vigentes”. Nada, portanto, que divergisse radicalmente das ideias vigentes no final do século XIX.
Contudo, Araripe Júnior não aplica mecanicamente nenhuma teoria determinista. Dá, sim, grande importância ao meio social no qual a obra de Gregório de Matos foi produzida, mas não esquece de singularizar o temperamento do poeta. Segundo Araripe Júnior, o espírito Gregório de Matos “devia ser atraído por todos os elementos que constituíram a vida íntima da colônia”, de modo que o contato com a terra natal, com as peculiaridades da vida na colônia, como, por exemplo, a acentuada mestiçagem, propiciou o florescimento de sua veia satírica.

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