Etnografia E Educação: Conceitos E Usos

A pesquisa etnográfica tem sido alvo de aproximações com a abordagem sócio-antropológica e a área da educação, mais efetivamente nas últimas décadas. Nestes estudos debatia-se a possibilidade de através da etnografia ser possível dar voz aos sujeitos do fracasso, no caso os alunos em condição de exclusão e vulnerabilidade social.

Entretanto, realizados no âmbito do nosso grupo de pesquisa Etnografia e Exclusão (Grpesq/CNPq) do Núcleo de Etnografia em Educação (netEDU) chegou-se ao entendimento de que mais do que dar voz aos ditos sujeitos da exclusão era preciso ouvi-los para então obter resultados de pesquisas que refletissem a percepção e a participação desses sujeitos no desenvolvimento, na análise dos dados e nos resultados da pesquisa. Este mesmo processo poderia informar sobre as políticas educacionais e, ainda, promover mudanças em suas vidas.
É com este direcionamento que os textos apresentados nesse livro pretendem informam aos leitores sobre a perspectiva da etnografia nos estudos em educação. Há que se destacar que os estudos apresentados foram realizados em escolas públicas do estado do Rio de Janeiro utilizando a etnografia tanto como um aporte teórico-metodológico quanto como um paradigma.
Cada uma das pesquisas aqui apresentadas constitui um conjunto de dados que possibilitou repensar as políticas e as práticas educacionais na perspectiva dos sujeitos escolares e jovens em privação de liberdade. Pautado nessa perspectiva o livro foi idealizado com uma parte conceitual sobre a abordagem etnográfica e outra parte apresentando a pesquisa etnográfica na prática educacional.
A primeira parte divide-se em três capítulos: Estudos Etnográficos em Educação: uma revisão de tendências no Brasil; A abordagem etnográfica na investigação etnográfica; e A pesquisa em colaboração com o professor: vivências de campo em etnografia crítica de sala de aula.
A segunda parte divide-se em nove capítulos: Imagens da Exclusão na microanálise da sala de aula: uma instância interativa de confronto cultural; O espaço da exclusão: o limite do corpo na sala de aula; Uma análise etnográfica das dificuldades educacionais de alunos e alunas e do (DES) controle de professores e professoras: C mais D o que dá?; Os Ciclos e as Classes de Progressão na Rede Pública do Rio de Janeiro: percepções sobre a implementação, organização e práticas a partir das falas dos atores sociais da escola no período entre 2002 a 2004; Classes de 14 e 15 anos: um programa compensatório de superação do fracasso escolar – um estudo de caso etnográfico; Imagens de violência na escola: a negação dos sujeitos de aprender e dos sujeitos de ensinar; Infração juvenil: uma questão de gênero; O absenteísmo escolar e sua regulamentação; e a análise crítica de documentos legais e científicos – contradições e divergências entre a teoria e a prática.

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3 respostas

  1. Oi Carmen! O texto que coloquei na postagem é a parte inicial do prefácio do livro, escrito por Luiz Antonio Gomes Senna. Não coloquei todo texto do prefácio, pois ficaria muito grande. Se você tiver alguma sugestão de texto para a apresentação, agradeço imensamente.

    1. Coloquei um novo texto no post. Desta vez, copiei da apresentação do livro. Espero que tenha ficado melhor, pois, realmente, a parte do prefácio que havia colocado antes, não cumpria a função de apresentação do livro. Obrigado por ter se pronunciado, chamando minha atenção para tal fato.

  2. Livr’Andante, obrigada pelo comentetio! Mas como Co-autora e pesquisadora da obra não entedi seu cometário… sinto muito, gostaria muito de saber o que tudo isso tem a ver com o livro,
    Carmen de Mattos

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Etnografia E Educação: Conceitos E Usos

A pesquisa etnográfica tem sido alvo de aproximações com a abordagem sócio-antropológica e a área da educação, mais efetivamente nas últimas décadas. Nestes estudos debatia-se a possibilidade de através da etnografia ser possível dar voz aos sujeitos do fracasso, no caso os alunos em condição de exclusão e vulnerabilidade social. Entretanto, realizados no âmbito do nosso grupo de pesquisa Etnografia e Exclusão (Grpesq/CNPq) do Núcleo de Etnografia em Educação (netEDU) chegou-se ao entendimento de que mais do que dar voz aos ditos sujeitos da exclusão era preciso ouvi-los para então obter resultados de pesquisas que refletissem a percepção e a participação desses sujeitos no desenvolvimento, na análise dos dados e nos resultados da pesquisa. Este mesmo processo poderia informar sobre as políticas educacionais e, ainda, promover mudanças em suas vidas.
É com este direcionamento que os textos apresentados nesse livro pretendem informam aos leitores sobre a perspectiva da etnografia nos estudos em educação. Há que se destacar que os estudos apresentados foram realizados em escolas públicas do estado do Rio de Janeiro utilizando a etnografia tanto como um aporte teórico-metodológico quanto como um paradigma.
Cada uma das pesquisas aqui apresentadas constitui um conjunto de dados que possibilitou repensar as políticas e as práticas educacionais na perspectiva dos sujeitos escolares e jovens em privação de liberdade. Pautado nessa perspectiva o livro foi idealizado com uma parte conceitual sobre a abordagem etnográfica e outra parte apresentando a pesquisa etnográfica na prática educacional.
A primeira parte divide-se em três capítulos: Estudos Etnográficos em Educação: uma revisão de tendências no Brasil; A abordagem etnográfica na investigação etnográfica; e A pesquisa em colaboração com o professor: vivências de campo em etnografia crítica de sala de aula.
A segunda parte divide-se em nove capítulos: Imagens da Exclusão na microanálise da sala de aula: uma instância interativa de confronto cultural; O espaço da exclusão: o limite do corpo na sala de aula; Uma análise etnográfica das dificuldades educacionais de alunos e alunas e do (DES) controle de professores e professoras: C mais D o que dá?; Os Ciclos e as Classes de Progressão na Rede Pública do Rio de Janeiro: percepções sobre a implementação, organização e práticas a partir das falas dos atores sociais da escola no período entre 2002 a 2004; Classes de 14 e 15 anos: um programa compensatório de superação do fracasso escolar – um estudo de caso etnográfico; Imagens de violência na escola: a negação dos sujeitos de aprender e dos sujeitos de ensinar; Infração juvenil: uma questão de gênero; O absenteísmo escolar e sua regulamentação; e a análise crítica de documentos legais e científicos – contradições e divergências entre a teoria e a prática.

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  1. Oi Carmen! O texto que coloquei na postagem é a parte inicial do prefácio do livro, escrito por Luiz Antonio Gomes Senna. Não coloquei todo texto do prefácio, pois ficaria muito grande. Se você tiver alguma sugestão de texto para a apresentação, agradeço imensamente.

    1. Coloquei um novo texto no post. Desta vez, copiei da apresentação do livro. Espero que tenha ficado melhor, pois, realmente, a parte do prefácio que havia colocado antes, não cumpria a função de apresentação do livro. Obrigado por ter se pronunciado, chamando minha atenção para tal fato.

  2. Livr’Andante, obrigada pelo comentetio! Mas como Co-autora e pesquisadora da obra não entedi seu cometário… sinto muito, gostaria muito de saber o que tudo isso tem a ver com o livro,
    Carmen de Mattos

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