Estado De Exceção Escolar: Uma Avaliação Crítica Das Escolas Públicas Militarizadas

A educação pública – resguardadas algumas exceções que são tidas como instituições de “excelência educacional” – é marcada por uma patente má avaliação, tanto dos exames oficiais que periodicamente avaliam a qualidade desta educação, quanto, de maneira mais genérica

, por familiares e estudantes que estão nestas mesmas escolas. Se pegarmos o IDEB, por exemplo, como indicador, perceberemos que a disparidade em relação à escola privada é acentuada.
No IDEB de 2013, vejamos, a avaliação do 3º ano do ensino médio nas escolas públicas teve média de 3,8; enquanto as particulares fecharam com 5,5. São diversas as preocupações de estudantes e familiares quanto ao futuro, uma vez que, sem as adequadas melhorias na educação, estes estudantes terão dificuldade de ascender a boas instituições de ensino superior. Tendo dificuldades de ascender a carreiras profissionais tidas como “melhores”, o que, na grande gama dos casos, significa apenas “melhor remuneradas”.
O critério dessa avaliação tem sua base nas notas do ENEM e do IDEB. Se o colégio vai bem nestes índices, isso implica que será preferido por pais e estudantes.
De fato, o futuro a todos assombra e não é difícil se preocupar, quando as “boas oportunidades” parecem estar distantes. Muitas famílias não têm condição de arcar com os custos de uma educação em escolas privadas (que são, supostamente, melhores), então confiam na educação pública para que esta seja suficiente para encucar nas crianças e jovens bons valores sociais e éticos e, também, boa instrução que lhes capacite bons lugares e possibilidades no mercado de trabalho. Mesmo escolas particulares tremem ante o ENEM, já que esta nota consolidou-se como o índice definitivo de predileção. Então se os alunos de uma escola privada vão mal nessa prova, ocorre o risco de queda na procura. A escola, desta feita, arrisca reduzir seus lucros. Algumas, com trapaças, ainda tentam mascarar a nota com práticas diversas, como pedir a alunos tidos como “bons” que façam o cadastro na prova com um documento escolar e alunos tidos como “ruins” com outro. Este é só um exemplo, existem vários. Há ainda casos extremos em que o aluno é simplesmente expulso de escolas por não atingir os “padrões” exigidos. Quem vai se preocupar com “educação de qualidade” quando o que vale é o ENEM?

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A educação pública – resguardadas algumas exceções que são tidas como instituições de “excelência educacional” – é marcada por uma patente má avaliação, tanto dos exames oficiais que periodicamente avaliam a qualidade desta educação, quanto, de maneira mais genérica, por familiares e estudantes que estão nestas mesmas escolas. Se pegarmos o IDEB, por exemplo, como indicador, perceberemos que a disparidade em relação à escola privada é acentuada.
No IDEB de 2013, vejamos, a avaliação do 3º ano do ensino médio nas escolas públicas teve média de 3,8; enquanto as particulares fecharam com 5,5. São diversas as preocupações de estudantes e familiares quanto ao futuro, uma vez que, sem as adequadas melhorias na educação, estes estudantes terão dificuldade de ascender a boas instituições de ensino superior. Tendo dificuldades de ascender a carreiras profissionais tidas como “melhores”, o que, na grande gama dos casos, significa apenas “melhor remuneradas”.
O critério dessa avaliação tem sua base nas notas do ENEM e do IDEB. Se o colégio vai bem nestes índices, isso implica que será preferido por pais e estudantes.
De fato, o futuro a todos assombra e não é difícil se preocupar, quando as “boas oportunidades” parecem estar distantes. Muitas famílias não têm condição de arcar com os custos de uma educação em escolas privadas (que são, supostamente, melhores), então confiam na educação pública para que esta seja suficiente para encucar nas crianças e jovens bons valores sociais e éticos e, também, boa instrução que lhes capacite bons lugares e possibilidades no mercado de trabalho. Mesmo escolas particulares tremem ante o ENEM, já que esta nota consolidou-se como o índice definitivo de predileção. Então se os alunos de uma escola privada vão mal nessa prova, ocorre o risco de queda na procura. A escola, desta feita, arrisca reduzir seus lucros. Algumas, com trapaças, ainda tentam mascarar a nota com práticas diversas, como pedir a alunos tidos como “bons” que façam o cadastro na prova com um documento escolar e alunos tidos como “ruins” com outro. Este é só um exemplo, existem vários. Há ainda casos extremos em que o aluno é simplesmente expulso de escolas por não atingir os “padrões” exigidos. Quem vai se preocupar com “educação de qualidade” quando o que vale é o ENEM?

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