Uma Casa No Meio Do Caminho

Foi na primavera de 2006 que tudo começou. Quando o superintendente de construções aceitou participar do projeto de um novo shopping center na cidade de Seattle, não imaginava que sua vida estaria prestes a tomar rumos surpreendentes.


Logo no primeiro dia de trabalho, Barry foi se apresentar aos moradores das redondezas. Entre eles, havia uma senhora que não tinha aceitado vender sua propriedade, obrigando a construtora a erguer o empreendimento em volta de apenas uma casinha. Seu nome era Edith Wilson Macefield.
O superintendente foi até ela preparado para levar um fora, porque sabia da fama que a velhinha tinha de ser irredutível. Mas a reação dela o surpreendeu, e assim Barry aprenderia por experiência própria que as pessoas nem sempre são o que aparentam ser.
Não demorou muito para que os dois iniciassem uma bonita e genuína amizade, e a vida de Barry fosse ficando cada vez mais ligada à de Edith: ele passou a levá-la ao cabeleireiro e ao médico, fazer suas compras, preparar as refeições. Em suas conversas, ela volta e meia dava pistas de que tinha um passado encantador, suscitando a curiosidade do amigo e fazendo-o repensar a relação com os pais já idosos.
Narrado pelo próprio Barry Martin, Uma casa no meio do caminho comove e faz sorrir ao mesmo tempo. É um livro cativante que mostra que até a mais inusitada das amizades tem um poder transformador.

Finalmente tirei os biscoitos amanteigados de lá.
Eram da marca Walkers, a única de que Edith gostava. São escoceses, e ao comê-los parece que você está ingerindo um tablete inteiro de manteiga. Lembro que ela me pediu que comprasse esses biscoitos uma vez; como não os achei no mercado, trouxe não apenas um, mas três pacotes de marcas diferentes para ver se a agradava. Edith deu uma mordida em um biscoito de cada pacote e depois os entregou de volta para mim.
– São todos seus – disse ela, furiosa, me encarando com seus olhos azuis fulminantes. – Não quero.
Com Edith, era sempre uma batalha para ver quem cedia primeiro.
Acabei saindo de novo para procurar os biscoitos Walkers, até achá-los num mercado antigo de Ballard. Quando voltei para a casa dela, ela saboreou um deles e disse:
– Ah, por esse aqui valeu a pena esperar, não acha?

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Logo no primeiro dia de trabalho, Barry foi se apresentar aos moradores das redondezas. Entre eles, havia uma senhora que não tinha aceitado vender sua propriedade, obrigando a construtora a erguer o empreendimento em volta de apenas uma casinha. Seu nome era Edith Wilson Macefield.
O superintendente foi até ela preparado para levar um fora, porque sabia da fama que a velhinha tinha de ser irredutível. Mas a reação dela o surpreendeu, e assim Barry aprenderia por experiência própria que as pessoas nem sempre são o que aparentam ser.
Não demorou muito para que os dois iniciassem uma bonita e genuína amizade, e a vida de Barry fosse ficando cada vez mais ligada à de Edith: ele passou a levá-la ao cabeleireiro e ao médico, fazer suas compras, preparar as refeições. Em suas conversas, ela volta e meia dava pistas de que tinha um passado encantador, suscitando a curiosidade do amigo e fazendo-o repensar a relação com os pais já idosos.
Narrado pelo próprio Barry Martin, Uma casa no meio do caminho comove e faz sorrir ao mesmo tempo. É um livro cativante que mostra que até a mais inusitada das amizades tem um poder transformador.

Finalmente tirei os biscoitos amanteigados de lá.
Eram da marca Walkers, a única de que Edith gostava. São escoceses, e ao comê-los parece que você está ingerindo um tablete inteiro de manteiga. Lembro que ela me pediu que comprasse esses biscoitos uma vez; como não os achei no mercado, trouxe não apenas um, mas três pacotes de marcas diferentes para ver se a agradava. Edith deu uma mordida em um biscoito de cada pacote e depois os entregou de volta para mim.
– São todos seus – disse ela, furiosa, me encarando com seus olhos azuis fulminantes. – Não quero.
Com Edith, era sempre uma batalha para ver quem cedia primeiro.
Acabei saindo de novo para procurar os biscoitos Walkers, até achá-los num mercado antigo de Ballard. Quando voltei para a casa dela, ela saboreou um deles e disse:
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