O Panorama (1837-1844): Jornalismo E Ilustração Em Portugal Na Primeira Metade De Oitocentos

Este livro condensa uma tese de doutoramento sobre o principal periódico português de divulgação cultural (científica, histórica, literária, patrimonial...) durante a primeira metade de oitocentos, O Panorama, apresentada na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, em 2012.

Sendo uma versão condensada, integra, apenas, os dados considerados fundamentais para a descrição desse periódico, enquanto instrumento jornalístico (no sentido que então se dava à palavra jornalismo), e para a compreensão do seu papel no jornalismo português, na sociedade e na cultura da época.
O propósito genérico deste livro é proceder a uma leitura reinterpretada d’O Panorama, um periódico surgido em Lisboa, em 1837, sob a chancela da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis e sob a direcção de Alexandre Herculano.
O Panorama teve cinco séries, as duas primeiras contínuas (1837-1841 e 1842-1844), sendo sobre estas que esta pesquisa se detém. As restantes séries, que fizeram o periódico perdurar até 1868, foram editadas por um editor particular e por uma empresa tipográfica.
Comungando dos ideais do Romantismo e da Ilustração, O Panorama foi o periódico português de divulgação cultural que por ser novidade e por se enquadrar no espírito do tempo, mais rapidamente conquistou as elites da primeira metade de oitocentos, influenciando, conforme se procurará demonstrar ao longo da pesquisa, o rumo do jornalismo português.
São variados os testemunhos que revelam quão importante foi o periódico para satisfazer a curiosidade e o interesse com que elas acompanhavam a marcha dos tempos e a produção de novo conhecimento, pois, efectivamente, O Panorama era perspectivado como um periódico de propagação de conhecimentos. Assim foi anunciado nos seguintes termos pelo principal periódico governamental, o Diário do Governo, a 21 de Fevereiro de 1837: Alguns cidadãos portugueses, amigos da verdadeira ilustração, conceberam o projecto de derramar, por meio de uma publicação semanal, a maior cópia possível de conhecimentos úteis.
O mesmo Diário do Governo conseguia resumir os objectivos d’O Panorama, ao mesmo tempo que os contrapunha ao exacerbamento discursivo da imprensa política, facciosa, da época:
ensinar o povo para que ele seja menos acelerado ou menos violento em suas opiniões e oferecer-lhe instrução por modo que a ele possa chegar o seu entendimento e a sua bolsa, isto é, fácil e barata.

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Este livro condensa uma tese de doutoramento sobre o principal periódico português de divulgação cultural (científica, histórica, literária, patrimonial…) durante a primeira metade de oitocentos, O Panorama, apresentada na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, em 2012. Sendo uma versão condensada, integra, apenas, os dados considerados fundamentais para a descrição desse periódico, enquanto instrumento jornalístico (no sentido que então se dava à palavra jornalismo), e para a compreensão do seu papel no jornalismo português, na sociedade e na cultura da época.
O propósito genérico deste livro é proceder a uma leitura reinterpretada d’O Panorama, um periódico surgido em Lisboa, em 1837, sob a chancela da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis e sob a direcção de Alexandre Herculano.
O Panorama teve cinco séries, as duas primeiras contínuas (1837-1841 e 1842-1844), sendo sobre estas que esta pesquisa se detém. As restantes séries, que fizeram o periódico perdurar até 1868, foram editadas por um editor particular e por uma empresa tipográfica.
Comungando dos ideais do Romantismo e da Ilustração, O Panorama foi o periódico português de divulgação cultural que por ser novidade e por se enquadrar no espírito do tempo, mais rapidamente conquistou as elites da primeira metade de oitocentos, influenciando, conforme se procurará demonstrar ao longo da pesquisa, o rumo do jornalismo português.
São variados os testemunhos que revelam quão importante foi o periódico para satisfazer a curiosidade e o interesse com que elas acompanhavam a marcha dos tempos e a produção de novo conhecimento, pois, efectivamente, O Panorama era perspectivado como um periódico de propagação de conhecimentos. Assim foi anunciado nos seguintes termos pelo principal periódico governamental, o Diário do Governo, a 21 de Fevereiro de 1837: Alguns cidadãos portugueses, amigos da verdadeira ilustração, conceberam o projecto de derramar, por meio de uma publicação semanal, a maior cópia possível de conhecimentos úteis.
O mesmo Diário do Governo conseguia resumir os objectivos d’O Panorama, ao mesmo tempo que os contrapunha ao exacerbamento discursivo da imprensa política, facciosa, da época:
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