Ironia E Ceticismo: A Desconstrução Como O Riso Da Filosofia

Um trabalho metafísico só pode ser escrito com segurança quando a tradição metafísica, em si, estiver acima de questionamentos. Uma vez que os supostos da metafísica foram radicalmente questionados por autores do século passado, é de se esperar que os novos metafísicos se tornem perturbados e duvidosos em seus trabalhos.


O fato de textos e mais textos de metafísica continuarem a ser escritos ainda hoje, aparentemente com sua certeza tradicional, como se nada de novo tivesse acontecido no século passado, é uma prova de que a crise da metafísica não foi registrada com suficiente profundidade, ou está sendo competentemente ignorada dentro das academias.
Este livro defende a ideia de que a metafísica em seu sentido clássico, após as críticas da desconstrução, perdeu totalmente sua relevância filosófica. Ou faz parte do ramo de venda de livros da indústria editorial ou é apenas uma questão meramente interna às universidades. O principal conceito deste estudo é o de “desconstrução”, desenvolvido pela primeira vez como Destruktion por Heidegger no parágrafo VI de seu Ser e tempo e depois popularizado nos escritos de Derrida sobre linguagem e metafísica.
Não se trata, absolutamente, de um conceito acima de controvérsias: paira, hesitante, entre o desejo de renovação do pensamento metafísico e uma certa concepção profundamente discutível de relativismo cultural.
Aristóteles, Kant e Hegel com certeza eram filósofos, mas em que sentido Benjamin, Rorty e Derrida também o foram? Esses autores escreveram muita coisa que podemos dizer que tem um ar filosófico, porém eles também são acusados constantemente de serem irresponsáveis e desdenhosos com o espírito filosófico mais conservador.
São filósofos que, podemos dizer, formam o polêmico time dos antifilósofos – ou, como vamos chamar aqui, da “Filosofia Menor”. Para esse grupo de autores há algo de fundamentalmente equivocado no empreendimento metafísico tradicional. Para eles, toda a metafísica, e não esse ou aquele tópico específico no interior dela, tornou-se uma atividade profundamente problemática e que, por isso, precisa ser reexaminada e desconstruída.
Assim, eles pretenderam adentrar e transcender por completo o projeto fundamental da tradição metafísica por motivos que permanecem filosoficamente relevantes e atuais. E com isso buscaram uma forma de interpretar a tradição metafisica numa moldura e num registro inteiramente novo, o que significou, no final das contas, forjar um estilo de escrita teórica inteiramente novo e original.

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Um trabalho metafísico só pode ser escrito com segurança quando a tradição metafísica, em si, estiver acima de questionamentos. Uma vez que os supostos da metafísica foram radicalmente questionados por autores do século passado, é de se esperar que os novos metafísicos se tornem perturbados e duvidosos em seus trabalhos.
O fato de textos e mais textos de metafísica continuarem a ser escritos ainda hoje, aparentemente com sua certeza tradicional, como se nada de novo tivesse acontecido no século passado, é uma prova de que a crise da metafísica não foi registrada com suficiente profundidade, ou está sendo competentemente ignorada dentro das academias.
Este livro defende a ideia de que a metafísica em seu sentido clássico, após as críticas da desconstrução, perdeu totalmente sua relevância filosófica. Ou faz parte do ramo de venda de livros da indústria editorial ou é apenas uma questão meramente interna às universidades. O principal conceito deste estudo é o de “desconstrução”, desenvolvido pela primeira vez como Destruktion por Heidegger no parágrafo VI de seu Ser e tempo e depois popularizado nos escritos de Derrida sobre linguagem e metafísica.
Não se trata, absolutamente, de um conceito acima de controvérsias: paira, hesitante, entre o desejo de renovação do pensamento metafísico e uma certa concepção profundamente discutível de relativismo cultural.
Aristóteles, Kant e Hegel com certeza eram filósofos, mas em que sentido Benjamin, Rorty e Derrida também o foram? Esses autores escreveram muita coisa que podemos dizer que tem um ar filosófico, porém eles também são acusados constantemente de serem irresponsáveis e desdenhosos com o espírito filosófico mais conservador.
São filósofos que, podemos dizer, formam o polêmico time dos antifilósofos – ou, como vamos chamar aqui, da “Filosofia Menor”. Para esse grupo de autores há algo de fundamentalmente equivocado no empreendimento metafísico tradicional. Para eles, toda a metafísica, e não esse ou aquele tópico específico no interior dela, tornou-se uma atividade profundamente problemática e que, por isso, precisa ser reexaminada e desconstruída.
Assim, eles pretenderam adentrar e transcender por completo o projeto fundamental da tradição metafísica por motivos que permanecem filosoficamente relevantes e atuais. E com isso buscaram uma forma de interpretar a tradição metafisica numa moldura e num registro inteiramente novo, o que significou, no final das contas, forjar um estilo de escrita teórica inteiramente novo e original.

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