Historias De Fantasma Para Gente Grande

Este volume colige nove textos de Aby Warburg (1866 -1929 ), escritos entre 1893 e 1929 , que cobrem toda a sua vida intelectual: de um dos primeiros escritos até o último deles. Eles permitem acompanhar as problematizações de Warburg e perceber tanto seus objetos de inquirição como seu modo de se aproximar deles e de fazê-los falar

, o que seria seu “método”, tivesse ele um (há controvérsia).
São textos bem diversos, escritos para cumprir requisitos universitários ou para congressos, palestras, ou mesmo rascunhos e esboços para uso estritamente pessoal. O leitor perceberá isso facilmente, no contato com os textos, que não são, com raras exceções, fáceis. As dificuldades dizem respeito aos temas, muito específicos ao primeiro olhar (mas só ao primeiro olhar, pois são sempre modelados por uma perspectiva bastante ampla); à erudição surpreendente; à articulação de elementos inusitados; à escrita, por vezes alusiva e não raro fragmentada; à pertença de Warburg a uma comunidade e a um contexto intelectuais muito específicos, de filólogos, historiadores e eruditos alemães da virada do século XIX para o XX ; e, por fim, ao que foi muito bem formulado por Robert Klein na epígrafe desta apresentação: o fato de Warburg ter criado para si uma disciplina própria, para a qual nos falta uma denominação adequada. O próprio Warburg por vezes falava em “ciência da cultura”, mas o sentido que tinha em vista com essa denominação é bastante amplo e tem fronteiras intencional e provocativamente voláteis, de sorte que o rótulo serve mais para dar uma vaga ideia do que para esclarecer de que se trata — com o que retornamos ao modo feliz como Klein formulou a questão.
Essas são algumas dificuldades, que resultam também em estímulos e provocações aos leitores. Pois o que Warburg nos legou com elas não cansa de suscitar reações: de historiadores da arte, decerto, mas também de antropólogos e filósofos, sociólogos e historiadores, pesquisadores de cinema e imagem, psicólogos e filólogos, cientistas da religião e filatelistas, e assim por diante. O fato de não ter nome revela o quanto essa ciência, ou seja, essa vontade de conhecer racionalmente, se abre para muitos objetos e indagações — como pode ser atestado com a leitura deste volume.

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Este volume colige nove textos de Aby Warburg (1866 -1929 ), escritos entre 1893 e 1929 , que cobrem toda a sua vida intelectual: de um dos primeiros escritos até o último deles. Eles permitem acompanhar as problematizações de Warburg e perceber tanto seus objetos de inquirição como seu modo de se aproximar deles e de fazê-los falar, o que seria seu “método”, tivesse ele um (há controvérsia).
São textos bem diversos, escritos para cumprir requisitos universitários ou para congressos, palestras, ou mesmo rascunhos e esboços para uso estritamente pessoal. O leitor perceberá isso facilmente, no contato com os textos, que não são, com raras exceções, fáceis. As dificuldades dizem respeito aos temas, muito específicos ao primeiro olhar (mas só ao primeiro olhar, pois são sempre modelados por uma perspectiva bastante ampla); à erudição surpreendente; à articulação de elementos inusitados; à escrita, por vezes alusiva e não raro fragmentada; à pertença de Warburg a uma comunidade e a um contexto intelectuais muito específicos, de filólogos, historiadores e eruditos alemães da virada do século XIX para o XX ; e, por fim, ao que foi muito bem formulado por Robert Klein na epígrafe desta apresentação: o fato de Warburg ter criado para si uma disciplina própria, para a qual nos falta uma denominação adequada. O próprio Warburg por vezes falava em “ciência da cultura”, mas o sentido que tinha em vista com essa denominação é bastante amplo e tem fronteiras intencional e provocativamente voláteis, de sorte que o rótulo serve mais para dar uma vaga ideia do que para esclarecer de que se trata — com o que retornamos ao modo feliz como Klein formulou a questão.
Essas são algumas dificuldades, que resultam também em estímulos e provocações aos leitores. Pois o que Warburg nos legou com elas não cansa de suscitar reações: de historiadores da arte, decerto, mas também de antropólogos e filósofos, sociólogos e historiadores, pesquisadores de cinema e imagem, psicólogos e filólogos, cientistas da religião e filatelistas, e assim por diante. O fato de não ter nome revela o quanto essa ciência, ou seja, essa vontade de conhecer racionalmente, se abre para muitos objetos e indagações — como pode ser atestado com a leitura deste volume.

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