De Que Lado Você Está? Reflexões Sobre A Conjuntura Política E Urbana No Brasil

Este livro reúne 42 artigos publicados entre junho de 2014 e abril de 2015*. A eles juntaram-se três textos inéditos. É uma obra de intervenção, que propõe saídas à esquerda para os desafios que a explosiva conjuntura brasileira atual nos oferece.


Não pretende criar consensos, e sim tomar partido no dissenso. Aliás, talvez o maior erro de uma certa esquerda no Brasil tenha sido apostar na estratégia política do consenso. Em nome dela, trabalhou para amortecer os grandes enfrentamentos da sociedade brasileira e deixou dar cria o ovo da serpente, que soltou o veneno tão logo a maré virou.
Os artigos foram organizados em três partes. A primeira, “Barril de pólvora”, trata da questão urbana e seus conflitos: moradia, transporte, água, violência policial e os movimentos sociais de resistência. A segunda, “Estopins”, dedica-se aos temas da conjuntura política: a crise do PT, o clima de polarização social e o avanço conservador. E a terceira, “Artilharia”, reúne artigos de confronto com figuras como Reinaldo Azevedo, Gilmar Mendes e Eduardo Cunha, mas também com a hipocrisia do pensamento de direita que ganha força atualmente.
Se falar de barril de pólvora, estopins e artilharia pode soar normal nos dias de hoje é porque vivemos um momento de conflagração, de crise de modelo. Essa crise é o fio-condutor que perpassa os artigos aqui reunidos.
Os governos petistas apostaram numa estratégia de indução do crescimento econômico, sem traumas ou rupturas, para o fortalecimento do capitalismo brasileiro com ascensão social dos mais pobres. A expansão do crédito público foi seu carro-chefe. Do lado do capital, foi complementada por uma política de subsídios e isenções fiscais e por investimentos diretos organizados no PAC. Do lado do trabalhador, somou-se ao aumento progressivo do salário mínimo, à ampliação do emprego e à transferência direta de renda por meio do programa Bolsa Família.
Estimulava-se, assim, a produção e o consumo, alimentando o ciclo do crescimento. E, segundo o receituário petista, isso deveria ser feito sem conflitos maiores com o rentismo financeiro, ou seja, mantendo o superávit primário, as metas de inflação, câmbio sobrevalorizado e os juros em patamares internacionalmente elevados.

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Não pretende criar consensos, e sim tomar partido no dissenso. Aliás, talvez o maior erro de uma certa esquerda no Brasil tenha sido apostar na estratégia política do consenso. Em nome dela, trabalhou para amortecer os grandes enfrentamentos da sociedade brasileira e deixou dar cria o ovo da serpente, que soltou o veneno tão logo a maré virou.
Os artigos foram organizados em três partes. A primeira, “Barril de pólvora”, trata da questão urbana e seus conflitos: moradia, transporte, água, violência policial e os movimentos sociais de resistência. A segunda, “Estopins”, dedica-se aos temas da conjuntura política: a crise do PT, o clima de polarização social e o avanço conservador. E a terceira, “Artilharia”, reúne artigos de confronto com figuras como Reinaldo Azevedo, Gilmar Mendes e Eduardo Cunha, mas também com a hipocrisia do pensamento de direita que ganha força atualmente.
Se falar de barril de pólvora, estopins e artilharia pode soar normal nos dias de hoje é porque vivemos um momento de conflagração, de crise de modelo. Essa crise é o fio-condutor que perpassa os artigos aqui reunidos.
Os governos petistas apostaram numa estratégia de indução do crescimento econômico, sem traumas ou rupturas, para o fortalecimento do capitalismo brasileiro com ascensão social dos mais pobres. A expansão do crédito público foi seu carro-chefe. Do lado do capital, foi complementada por uma política de subsídios e isenções fiscais e por investimentos diretos organizados no PAC. Do lado do trabalhador, somou-se ao aumento progressivo do salário mínimo, à ampliação do emprego e à transferência direta de renda por meio do programa Bolsa Família.
Estimulava-se, assim, a produção e o consumo, alimentando o ciclo do crescimento. E, segundo o receituário petista, isso deveria ser feito sem conflitos maiores com o rentismo financeiro, ou seja, mantendo o superávit primário, as metas de inflação, câmbio sobrevalorizado e os juros em patamares internacionalmente elevados.

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