Evolucionismo Cultural: Textos De Morgan, Tylor E Frazer

Este livro reúne textos de três autores clássicos do pensamento evolucionista na antropologia: Lewis Henry Morgan (1818–1881), Edward Burnett Tylor (1832–1917) e James George Frazer (1854–1941).

As datas de publicação original dos textos — entre 1871 e 1908 — correspondem aproximadamente aos limites do período de hegemonia do evolucionismo no pensamento antropológico.
Ao tornar acessíveis textos não traduzidos ou de difícil acesso em português, a intenção desta seleção é apresentar aos estudantes de antropologia, principalmente aos alunos de graduação, as linhas gerais do evolucionismo cultural, em sua fase clássica. Não se pretende, de forma alguma, que os três textos aqui reunidos deem conta de toda a riqueza e variedade da tradição evolucionista, que, aliás, nunca foi homogênea.
Também não se deve reduzir as obras desses autores ao rótulo de “evolucionista”, embora os três tenham de fato sido expoentes dessa corrente de ideias. É importante salientar que a maior parte das contribuições específicas feitas por eles em diversos campos do conhecimento antropológico não serão aqui contempladas — apenas para citar os exemplos mais importantes, seus estudos sobre parentesco, magia e religião. Eles aparecem, no entanto, como exemplos, ao longo dos textos.
Restringi-me aos autores claramente identificados com a tradição antropológica, inclusive por terem assumido posições institucionais nesse campo do conhecimento, então em vias de formação. Ficaram de fora, portanto, autores evolucionistas como — para citar apenas um, e dos mais importantes — Herbert Spencer, que não se posicionavam institucionalmente como antropólogos.
O mérito dos textos aqui reunidos, além de sua importância histórica, é que eles sintetizam ideias-chave de teoria e método característicos do evolucionismo cultural. Espero que sua leitura ajude as novas gerações de estudantes de antropologia a terem uma compreensão geral do que foi o pensamento desses autores e em que consistiu, no essencial, a tradição evolucionista na disciplina.
A construção de tradições e o estabelecimento de “mitos de origem” em qualquer disciplina são quase sempre motivo de disputa. Tradições críticas da antropologia evolucionista estabeleceram outros personagens como marco de nascimento da antropologia. A vida e a obra dos três autores aqui reunidos possuem, no entanto, cada uma a seu modo, elementos que os credenciam a integrar o panteão dos “fundadores” da antropologia.

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Este livro reúne textos de três autores clássicos do pensamento evolucionista na antropologia: Lewis Henry Morgan (1818–1881), Edward Burnett Tylor (1832–1917) e James George Frazer (1854–1941). As datas de publicação original dos textos — entre 1871 e 1908 — correspondem aproximadamente aos limites do período de hegemonia do evolucionismo no pensamento antropológico.
Ao tornar acessíveis textos não traduzidos ou de difícil acesso em português, a intenção desta seleção é apresentar aos estudantes de antropologia, principalmente aos alunos de graduação, as linhas gerais do evolucionismo cultural, em sua fase clássica. Não se pretende, de forma alguma, que os três textos aqui reunidos deem conta de toda a riqueza e variedade da tradição evolucionista, que, aliás, nunca foi homogênea.
Também não se deve reduzir as obras desses autores ao rótulo de “evolucionista”, embora os três tenham de fato sido expoentes dessa corrente de ideias. É importante salientar que a maior parte das contribuições específicas feitas por eles em diversos campos do conhecimento antropológico não serão aqui contempladas — apenas para citar os exemplos mais importantes, seus estudos sobre parentesco, magia e religião. Eles aparecem, no entanto, como exemplos, ao longo dos textos.
Restringi-me aos autores claramente identificados com a tradição antropológica, inclusive por terem assumido posições institucionais nesse campo do conhecimento, então em vias de formação. Ficaram de fora, portanto, autores evolucionistas como — para citar apenas um, e dos mais importantes — Herbert Spencer, que não se posicionavam institucionalmente como antropólogos.
O mérito dos textos aqui reunidos, além de sua importância histórica, é que eles sintetizam ideias-chave de teoria e método característicos do evolucionismo cultural. Espero que sua leitura ajude as novas gerações de estudantes de antropologia a terem uma compreensão geral do que foi o pensamento desses autores e em que consistiu, no essencial, a tradição evolucionista na disciplina.
A construção de tradições e o estabelecimento de “mitos de origem” em qualquer disciplina são quase sempre motivo de disputa. Tradições críticas da antropologia evolucionista estabeleceram outros personagens como marco de nascimento da antropologia. A vida e a obra dos três autores aqui reunidos possuem, no entanto, cada uma a seu modo, elementos que os credenciam a integrar o panteão dos “fundadores” da antropologia.

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