Inconsciente Social

O livro incide em um terreno complexo onde se mesclam questões filosóficas, histórico-sociológicas, metapsicológicas e clínicas. E quanto a esta última dimensão, trata-se tanto da clínica no sentido estrito quanto da clínica ampliada, a clínica do social.


O texto reparte-se em muitas temáticas e em muitos planos que se entrecruzam. Há questões históricas, desde a história dos modos de subjetivação modernos e contemporâneos até a história das teorizações sociológicas e psicanalíticas sobre estes fenômenos e processos: por exemplo, a criação e disseminação das teorias e práticas de psicanálise de grupos, mas também as resistências a estas áreas de saber e fazer no Brasil e no mundo (Inglaterra, França, EUA, e hoje em diversos outros países, como Israel). Há questões epistemológicas acerca das relações entre condições de vida social e os projetos de conhecimento que aí se engendram.
Há questões metapsicológicas, como a discussão fundamental e central sobre o conceito de “inconsciente social”.
Há questões clínicas relativas às práticas analíticas e terapêuticas endereçadas aos grupos e, particularmente, aos grandes grupos, desde os trabalhos pioneiro no pós-guerra até os dias de hoje. Em todos estes campos o trabalho de Carla Penna traz ao leitor brasileiro informações significativas e atualizadas, sendo ela uma ativa participante, em nível nacional e internacional, da renovação e ampliação do interesse nos conhecimentos e implicações da consideração deste objeto de pesquisa, essencialmente multidisciplinar e interdisciplinar. Aliás, toda a produção de Freud trazia as marcas desta vocação multi e inter, intrínseca à própria psicanálise desde seus começos. Restringir o alcance da psicanálise ao enquadre padrão do consultório, bem como restringir seus fundamentos às experiências do sujeito individual em tratamento é, de certa forma, ficar aquém do projeto freudiano, como o atestam os seus textos ditos “sociais”.
A amplitude do campo abarcado por Carla Penna, a complexidade não só de seu objeto de pesquisa, mas a das linhas de pensamento que ela traça e cruza fazem de seu livro um objeto multiuso; nosso conhecimento e nossa reflexão são levados a muitas regiões e nos ajudam a entender, principalmente, as interrelações entre todas as direções de pensamento minuciosamente desdobradas diante de nós em cada capítulo.

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O texto reparte-se em muitas temáticas e em muitos planos que se entrecruzam. Há questões históricas, desde a história dos modos de subjetivação modernos e contemporâneos até a história das teorizações sociológicas e psicanalíticas sobre estes fenômenos e processos: por exemplo, a criação e disseminação das teorias e práticas de psicanálise de grupos, mas também as resistências a estas áreas de saber e fazer no Brasil e no mundo (Inglaterra, França, EUA, e hoje em diversos outros países, como Israel). Há questões epistemológicas acerca das relações entre condições de vida social e os projetos de conhecimento que aí se engendram.
Há questões metapsicológicas, como a discussão fundamental e central sobre o conceito de “inconsciente social”.
Há questões clínicas relativas às práticas analíticas e terapêuticas endereçadas aos grupos e, particularmente, aos grandes grupos, desde os trabalhos pioneiro no pós-guerra até os dias de hoje. Em todos estes campos o trabalho de Carla Penna traz ao leitor brasileiro informações significativas e atualizadas, sendo ela uma ativa participante, em nível nacional e internacional, da renovação e ampliação do interesse nos conhecimentos e implicações da consideração deste objeto de pesquisa, essencialmente multidisciplinar e interdisciplinar. Aliás, toda a produção de Freud trazia as marcas desta vocação multi e inter, intrínseca à própria psicanálise desde seus começos. Restringir o alcance da psicanálise ao enquadre padrão do consultório, bem como restringir seus fundamentos às experiências do sujeito individual em tratamento é, de certa forma, ficar aquém do projeto freudiano, como o atestam os seus textos ditos “sociais”.
A amplitude do campo abarcado por Carla Penna, a complexidade não só de seu objeto de pesquisa, mas a das linhas de pensamento que ela traça e cruza fazem de seu livro um objeto multiuso; nosso conhecimento e nossa reflexão são levados a muitas regiões e nos ajudam a entender, principalmente, as interrelações entre todas as direções de pensamento minuciosamente desdobradas diante de nós em cada capítulo.

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