Caminhos De Liberdade: A Luta Pela Defesa Da Selva

De maneira magistral, Javier Moro, autor dos best-sellers Paixão Índia e Sári Vermelho, narra a saga de Chico Mendes, um homem que ousou lutar por direitos e por justiça numa terra onde a única luta era pela sobrevivência e a única lei era a da violência.

Ora lido como romance policial, ora como relato histórico, este livro reconstrói, com a mesma paixão com que Chico Mendes defendeu a Amazônia, o drama da ocupação da selva, que tingiu de sangue as águas que a cortam. Uma longa e silenciosa tragédia a que Chico Mendes deu voz. O tiro disparado há mais de vinte anos pode ter posto fim à sua vida, mas não à sua causa, que ecoa cada dia mais forte por todos os cantos do Brasil e do mundo. Publicado pela primeira vez em 1993, o relançamento deste livro, em edição atualizada, mostra-se ainda mais relevante em um momento em que o tema da sustentabilidade da Amazônia e do mundo domina a agenda de todas as nações.

Desde a morte do galo, a família Eustáquio acordava com o choro das crianças. A cabana de bambu e barro, situada em um promontório que domina os campos secos do sertão, abrigava em seus dois quartos uma prole de nove filhos, mais a avó, os pais e o cachorro. Até bem pouco tempo atrás, eram dezoito os seres vivos naquele sítio do Nordeste brasileiro, contando o papagaio, a galinha, o galo e duas cabeças de gado. O galo acabava de morrer no leito seco do riacho, de fome, de sede ou talvez asfixiado pelo calor. Alfredo, o filho mais velho, soube disso quando o cachorro apareceu com penas coladas no focinho. Ritmicamente, a seca ia roubando dos Eustáquio seus bens mais preciosos. O pai, um homem baixo, de olhos azuis e olhar penetrante, assistia impotente ao aniquilamento do sonho de sua vida. Havia trabalhado como seringueiro no coração da selva Amazônica, e se orgulhava de ser um dos poucos nordestinos que tinham voltado vivos e com algumas economias daquele inferno verde. Graças a isso, pudera comprar um pequeno sítio e tornar-se um pequeno proprietário em sua terra natal.

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De maneira magistral, Javier Moro, autor dos best-sellers Paixão Índia e Sári Vermelho, narra a saga de Chico Mendes, um homem que ousou lutar por direitos e por justiça numa terra onde a única luta era pela sobrevivência e a única lei era a da violência. Ora lido como romance policial, ora como relato histórico, este livro reconstrói, com a mesma paixão com que Chico Mendes defendeu a Amazônia, o drama da ocupação da selva, que tingiu de sangue as águas que a cortam. Uma longa e silenciosa tragédia a que Chico Mendes deu voz. O tiro disparado há mais de vinte anos pode ter posto fim à sua vida, mas não à sua causa, que ecoa cada dia mais forte por todos os cantos do Brasil e do mundo. Publicado pela primeira vez em 1993, o relançamento deste livro, em edição atualizada, mostra-se ainda mais relevante em um momento em que o tema da sustentabilidade da Amazônia e do mundo domina a agenda de todas as nações.

Desde a morte do galo, a família Eustáquio acordava com o choro das crianças. A cabana de bambu e barro, situada em um promontório que domina os campos secos do sertão, abrigava em seus dois quartos uma prole de nove filhos, mais a avó, os pais e o cachorro. Até bem pouco tempo atrás, eram dezoito os seres vivos naquele sítio do Nordeste brasileiro, contando o papagaio, a galinha, o galo e duas cabeças de gado. O galo acabava de morrer no leito seco do riacho, de fome, de sede ou talvez asfixiado pelo calor. Alfredo, o filho mais velho, soube disso quando o cachorro apareceu com penas coladas no focinho. Ritmicamente, a seca ia roubando dos Eustáquio seus bens mais preciosos. O pai, um homem baixo, de olhos azuis e olhar penetrante, assistia impotente ao aniquilamento do sonho de sua vida. Havia trabalhado como seringueiro no coração da selva Amazônica, e se orgulhava de ser um dos poucos nordestinos que tinham voltado vivos e com algumas economias daquele inferno verde. Graças a isso, pudera comprar um pequeno sítio e tornar-se um pequeno proprietário em sua terra natal.

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