Nas Margens, No Leito Seco

O escritor e acadêmico baiano Luis Henrique, historiador premiado e ficcionista reconhecido, apresenta-nos nesta novela, intitulada Nas margens, no leito seco, uma história que se desenvolve de maneira amena, aparentemente sem conflito e sem problemas, até revelar a surpresa que apanha o leitor desprevenido

, levando-o a reinterpretar o enredo pelo seu avesso.
Os fatos narrados se passam nos anos 20, entre Salvador e Ilhéus, envolvendo personagens típicas daquela época de vida social, religiosa e mundana rica em situações prosaicas, capazes de alimentar os enredos mais bizarros e extraordinários. O narrador, homem idoso que se declara “hoje um velho procurando lembrar fatos e pessoas ao longo desta minha vida”, retoma o fio de sua trajetória, em plena adolescência, na passagem para a vida adulta, quando, ainda sob a proteção da mãe viúva, se inicia no trabalho como jornalista e conhece o sexo numa casa de prostitutas, como eram o costume e a norma. Na sua primeira missão de repórter, aliás bastante inusitada, como verá o leitor, o protagonista conhece o amor de sua vida, a jovem Gina, uma italiana trazida a Salvador para trabalhar na casa da Madame Janette, consentida e estimada exploradora de mulheres, situada numa rua do Beco, ao final da Ladeira da Montanha. O próprio narrador assim se apresenta: Eu cheguei na portaria do Correio de Notícias às 7 da manhã, fui deixado esperando o pessoal da redação, e às oito, com a chegada do noticiarista Domingos Correia, comecei a atividade de
menino de recados de um jornal de grande aceitação na Cidade do Salvador.
Eu completara 17 anos. Era mais que menino. Era adolescente.
Tinha um metro e sessenta e dois de altura, mulato claro, quase branco, como se fixava na Bahia daquela época a quem possuía pele morena e cabelos pretos escorridos.
Trata-se, portanto, de uma ficção que representa e documenta aspectos gerais da sociedade dos anos 20, na Cidade do Salvador e de Ilhéus, que distam quase um século. O que o leitor contemporâneo encontra neste livro é uma ficção escrita por um autor acostumado a tratar de fatos do passado com perícia, enfatizando detalhes que revelam a mentalidade de uma época, como um inventário de situações de vida que já não são mais correntes, porém documentam os costumes, os valores, a moralidade e as tolerâncias de uma sociedade que só existe nos arquivos e hemerotecas, registrada em páginas dignas da História.

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Os fatos narrados se passam nos anos 20, entre Salvador e Ilhéus, envolvendo personagens típicas daquela época de vida social, religiosa e mundana rica em situações prosaicas, capazes de alimentar os enredos mais bizarros e extraordinários. O narrador, homem idoso que se declara “hoje um velho procurando lembrar fatos e pessoas ao longo desta minha vida”, retoma o fio de sua trajetória, em plena adolescência, na passagem para a vida adulta, quando, ainda sob a proteção da mãe viúva, se inicia no trabalho como jornalista e conhece o sexo numa casa de prostitutas, como eram o costume e a norma. Na sua primeira missão de repórter, aliás bastante inusitada, como verá o leitor, o protagonista conhece o amor de sua vida, a jovem Gina, uma italiana trazida a Salvador para trabalhar na casa da Madame Janette, consentida e estimada exploradora de mulheres, situada numa rua do Beco, ao final da Ladeira da Montanha. O próprio narrador assim se apresenta: Eu cheguei na portaria do Correio de Notícias às 7 da manhã, fui deixado esperando o pessoal da redação, e às oito, com a chegada do noticiarista Domingos Correia, comecei a atividade de
menino de recados de um jornal de grande aceitação na Cidade do Salvador.
Eu completara 17 anos. Era mais que menino. Era adolescente.
Tinha um metro e sessenta e dois de altura, mulato claro, quase branco, como se fixava na Bahia daquela época a quem possuía pele morena e cabelos pretos escorridos.
Trata-se, portanto, de uma ficção que representa e documenta aspectos gerais da sociedade dos anos 20, na Cidade do Salvador e de Ilhéus, que distam quase um século. O que o leitor contemporâneo encontra neste livro é uma ficção escrita por um autor acostumado a tratar de fatos do passado com perícia, enfatizando detalhes que revelam a mentalidade de uma época, como um inventário de situações de vida que já não são mais correntes, porém documentam os costumes, os valores, a moralidade e as tolerâncias de uma sociedade que só existe nos arquivos e hemerotecas, registrada em páginas dignas da História.

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