A Voz E A Escuta: Encontros E Desencontros Entre A Teoria Feminista E A Sociologia Contemporânea

Esta tese de doutorado é o ponto de chegada de uma longa caminhada. Se bem que, de certa forma, todos os trabalhos desse tipo provavelmente devem sê-lo (pois, de uma forma ou outra, os temas e projetos de tese dizem respeito à subjetividade e às escolhas de vida dos seus autores e autoras)

, acredito que o trabalho que aqui apresento pertence a uma categoria um pouco diferente daqueles que têm sua origem na necessidade mais pontual de finalizar um curso de doutorado. Não apenas porque é fruto do que veio a ser meu terceiro projeto de tese, elaborado a uns bons anos e milhares de quilômetros de distância do primeiro, mas também porque, ao tê-lo escrito num momento da maior maturidade na minha própria vida intelectual, ele vem a expressar de maneira particularmente “íntima” todos os passos dados – e todas as surpresas encontradas – nessa não tão curta trajetória.
Hoje, elejo como início dessa história um momento distante que talvez marque o começo de minhas viagens pelo mundo das sociedades, das culturas e das teorias que construímos para tentar explicá-las. Em 1975, eu ainda era uma jovem norte-americana ingênua e sem rumo profissional, mas com certeza inspirada pelo espírito irrequieto e pela “ansiedade de estrada” da geração anos 60 e pelas convicções de meus pais – judeus, ex-comunistas e, a vida toda, militantes da “Velha Esquerda”; em tempos mais recentes, dos movimentos pelos direitos civis dos negros e contra a guerra no Vietnã. No entanto, como outras jovens da minha geração, eu sentia – ainda de forma mais intuitiva do que intelectualmente construída – a necessidade de formular minhas próprias perguntas sobre a existência e também correr “meus próprios riscos”. Assim, numa conjuntura de mudanças na minha vida familiar, eu procurei a estrada: num belo dia de verão, com o dinheiro que tinha ganhado ao trabalhar como ajudante num programa de ensino fundamental bilíngüe em Milwaukee, Wisconsin, minha cidade natal, eu e uma de minhas irmãs mais novas pegamos um ônibus que atravessaria o país rumo à fronteira sul, ao México.

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Esta tese de doutorado é o ponto de chegada de uma longa caminhada. Se bem que, de certa forma, todos os trabalhos desse tipo provavelmente devem sê-lo (pois, de uma forma ou outra, os temas e projetos de tese dizem respeito à subjetividade e às escolhas de vida dos seus autores e autoras), acredito que o trabalho que aqui apresento pertence a uma categoria um pouco diferente daqueles que têm sua origem na necessidade mais pontual de finalizar um curso de doutorado. Não apenas porque é fruto do que veio a ser meu terceiro projeto de tese, elaborado a uns bons anos e milhares de quilômetros de distância do primeiro, mas também porque, ao tê-lo escrito num momento da maior maturidade na minha própria vida intelectual, ele vem a expressar de maneira particularmente “íntima” todos os passos dados – e todas as surpresas encontradas – nessa não tão curta trajetória.
Hoje, elejo como início dessa história um momento distante que talvez marque o começo de minhas viagens pelo mundo das sociedades, das culturas e das teorias que construímos para tentar explicá-las. Em 1975, eu ainda era uma jovem norte-americana ingênua e sem rumo profissional, mas com certeza inspirada pelo espírito irrequieto e pela “ansiedade de estrada” da geração anos 60 e pelas convicções de meus pais – judeus, ex-comunistas e, a vida toda, militantes da “Velha Esquerda”; em tempos mais recentes, dos movimentos pelos direitos civis dos negros e contra a guerra no Vietnã. No entanto, como outras jovens da minha geração, eu sentia – ainda de forma mais intuitiva do que intelectualmente construída – a necessidade de formular minhas próprias perguntas sobre a existência e também correr “meus próprios riscos”. Assim, numa conjuntura de mudanças na minha vida familiar, eu procurei a estrada: num belo dia de verão, com o dinheiro que tinha ganhado ao trabalhar como ajudante num programa de ensino fundamental bilíngüe em Milwaukee, Wisconsin, minha cidade natal, eu e uma de minhas irmãs mais novas pegamos um ônibus que atravessaria o país rumo à fronteira sul, ao México.

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