A Máquina

A Máquina é uma fábula sobre o amor e o tempo. Um jogo de aposta: "você quer que eu traga o mundo pra você?". Uma nova autora e uma prosa que, no dizer de Luis Fernando Verissimo, "tem sortilégio": "A gente se encanta com ela no sentido de se deliciar, mas também no sentido de cobra hipnotizada."

Nascida no Rio, mas criada em Recife, Adriana Falcão é roteirista da TV Globo (escreveu para as séries "Comédia da Vida Privada", "Brasil Legal" e "Mulher"). Em A Máquina, ela nos conta da vida em Nordestina, um lugar onde ninguém mais quer ficar. Esta cidadezinha é o cenário da história de amor entre Antonio e Karina. No afã de satisfazer os desejos de Karina, Antonio jura viajar até o futuro, oferecendo a própria vida como garantia de sua proeza. Com seu texto preciso e poético, Adriana Falcão nos traz essa história delicada e afetuosa, tão brasileira quanto universal. Uma história capaz de parar o tempo.

Lá, de onde Antônio vem é longe que só a gota. Longe que só a gota pra trás, o que é muito mais longe que só a gota do que longe que só a gota pros lados. Pois vir de longe pros lados é vir de longe no espaço, lonjura besta que qualquer bicho alado derrota. Já vir de longe pra trás é vir de longe no tempo, lonjura que pra ficar desimpossível demora.
Lá, de onde Antônio vem, era tanta coisa acontecendo que nem sei se vai dar pra contar tudo. Tomara que ninguém se tome por esquecido, pois a história que aqui vai ser contada tem de todas um pedaço, além dos outros pedaços que ficaram perdidos no caminho do tempo que Antônio andou até aqui trazendo com ele essa história.
Era o tempo de Antônio.
E lá o tempo passava diferente. Era uma coisa agora, com um pouco já era outra e logo depois não era mais essa. Era aquela.
O tempo de Antônio passava rápido demais.
É ali por volta do ano 2000 que começa a história do tempo de Antônio.
Mas o tempo de Antônio começou há mais tempo do que isso, vinte e tantos anos antes, quando Antônio veio ao mundo. Ou então ainda há mais tempo, bilhões de anos atrás quando o mundo foi criado.
Tudo era uma seca só.

     

 

 

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A Máquina é uma fábula sobre o amor e o tempo. Um jogo de aposta: “você quer que eu traga o mundo pra você?”. Uma nova autora e uma prosa que, no dizer de Luis Fernando Verissimo, “tem sortilégio”: “A gente se encanta com ela no sentido de se deliciar, mas também no sentido de cobra hipnotizada.” Nascida no Rio, mas criada em Recife, Adriana Falcão é roteirista da TV Globo (escreveu para as séries “Comédia da Vida Privada”, “Brasil Legal” e “Mulher”). Em A Máquina, ela nos conta da vida em Nordestina, um lugar onde ninguém mais quer ficar. Esta cidadezinha é o cenário da história de amor entre Antonio e Karina. No afã de satisfazer os desejos de Karina, Antonio jura viajar até o futuro, oferecendo a própria vida como garantia de sua proeza. Com seu texto preciso e poético, Adriana Falcão nos traz essa história delicada e afetuosa, tão brasileira quanto universal. Uma história capaz de parar o tempo.

Lá, de onde Antônio vem é longe que só a gota. Longe que só a gota pra trás, o que é muito mais longe que só a gota do que longe que só a gota pros lados. Pois vir de longe pros lados é vir de longe no espaço, lonjura besta que qualquer bicho alado derrota. Já vir de longe pra trás é vir de longe no tempo, lonjura que pra ficar desimpossível demora.
Lá, de onde Antônio vem, era tanta coisa acontecendo que nem sei se vai dar pra contar tudo. Tomara que ninguém se tome por esquecido, pois a história que aqui vai ser contada tem de todas um pedaço, além dos outros pedaços que ficaram perdidos no caminho do tempo que Antônio andou até aqui trazendo com ele essa história.
Era o tempo de Antônio.
E lá o tempo passava diferente. Era uma coisa agora, com um pouco já era outra e logo depois não era mais essa. Era aquela.
O tempo de Antônio passava rápido demais.
É ali por volta do ano 2000 que começa a história do tempo de Antônio.
Mas o tempo de Antônio começou há mais tempo do que isso, vinte e tantos anos antes, quando Antônio veio ao mundo. Ou então ainda há mais tempo, bilhões de anos atrás quando o mundo foi criado.
Tudo era uma seca só.

     

 

 

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