Diálogo Entre Um Padre E Um Moribundo

O texto do divino Marquês, “Diálogo entre um padre e um moribundo”, terá sido escrito em 1782, mas foi apenas publicado em 1926, ou seja, numa época muito mais tolerante do que aquela em que foi produzido. No entanto muitas das objeções à possibilidade da existência de um Deus onipotente e misericordioso avançadas pelo moribundo ateu mantinham, como ainda mantêm, plena atualidade. Se Deus é o criador do universo, “quem tudo fez, tudo criou”, como sustenta o sacerdote, por que motivo teria criado, pergunta o moribundo, “uma natureza corrupta”.
Não admitindo qualquer tipo de superioridade da religião cristã face aos outros grandes cultos (muçulmano, judaico, confucionista) e colocando-se do lado da razão contra o dogma e a superstição, Sade chega mesmo a apresentar (através do ateu) argumentos que parecem próprios do ateísmo científico contemporâneo: “Prova-me a inércia da matéria, e eu conceder-te-ei o teu criador; prova-me que a natureza não se basta a si própria, e autorizo-te a pressupor um senhor”. E sendo o Marquês o pequeno deus criador do seu texto, é óbvio o triunfo final dos argumentos do ateu, quando o sacerdote se entrega aos prazeres da luxúria com seis belas mulheres que o antagonista lhe oferece.

   

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O texto do divino Marquês, “Diálogo entre um padre e um moribundo”, terá sido escrito em 1782, mas foi apenas publicado em 1926, ou seja, numa época muito mais tolerante do que aquela em que foi produzido. No entanto muitas das objeções à possibilidade da existência de um Deus onipotente e misericordioso avançadas pelo moribundo ateu mantinham, como ainda mantêm, plena atualidade. Se Deus é o criador do universo, “quem tudo fez, tudo criou”, como sustenta o sacerdote, por que motivo teria criado, pergunta o moribundo, “uma natureza corrupta”.
Não admitindo qualquer tipo de superioridade da religião cristã face aos outros grandes cultos (muçulmano, judaico, confucionista) e colocando-se do lado da razão contra o dogma e a superstição, Sade chega mesmo a apresentar (através do ateu) argumentos que parecem próprios do ateísmo científico contemporâneo: “Prova-me a inércia da matéria, e eu conceder-te-ei o teu criador; prova-me que a natureza não se basta a si própria, e autorizo-te a pressupor um senhor”. E sendo o Marquês o pequeno deus criador do seu texto, é óbvio o triunfo final dos argumentos do ateu, quando o sacerdote se entrega aos prazeres da luxúria com seis belas mulheres que o antagonista lhe oferece.

   

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